A tecnologia (quase) realizando sonhos #2

O sonho:
O sucesso recente do fenômeno chamado "música" me leva a uma teoria que até mesmo o cinema mudo já sabia: a vida sem uma trilha sonora não tem tanta graça. A vida seria mágica como um videoclipe bacana se pudéssemos carregar a música conosco.

 O que tínhamos antes:

Quase sinto pena pela Jane Austen quando leio em seus livros sobre longas caminhadas sem o auxílio ou consolo de músicas tutz tutz ou de Corinne Bailey Rae pedindo docemente no ouvido para que coloque um som, lhe diga minha canção favorita e solte meu cabelo ao vento.

Não que fosse totalmente impossível para pessoas daquela época ouvirem música enquanto caminhavam... era apenas, digamos, um tanto inconveniente e não muito prático. Imagina a cena. Uma orquestra em procissão, o grand piano (entre outros instrumentos não tão portáteis) carregado por dez a doze servos mais robustos, o pianista por uns três, um cantor sussurrando no ouvido do sujeito, violinistas dançando ao redor, o olhar curioso e chocado dos vizinhos. Não é exatamente o que eu chamaria de uma caminhada solitária e tranquila, por mais relaxante que fosse a melodia tocada.

O que temos hoje:

Desde 1979, música portátil para a nossa alegria. :)

Sugestão da Rebeca e da Corinne Bailey Rae, durante uma caminhada hoje de manhã.


Sobre A tecnologia (quase) realizando sonhos

Há um milhão de motivos pelos quais eu adoraria viver na época da Jane Austen ou na era vitoriana. Mas, existem outros bilhões pelos quais não largaria nunca a época em que vivo hoje. A série "A tecnologia (quase) realizando sonhos" tenta exaltar as maravilhas que a modernidade nos trouxe ao alcance.

Você tem sugestões de coisas legais exclusivas a nossa época?